PERSPECTIVAS ACERCA DA ESTERILIZAÇÃO CIRÚRGICA EM CADELAS E GATAS
Palavras-chave:
Castração, videocirurgia, ovário, útero, cadelas, gatas
Resumo
A população de animais errantes tem crescido exponencialmente nas últimas décadas, havendo necessidade de procurar formas de controle populacional, como esterilização cirúrgica e guarda responsável. Diversas técnicas podem ser usadas para esterilização de cadelas e gatas, a mais comumente empregada é acessando a cavidade abdominal pela linha média, realizandose incisão do xifoide até pubes. Contudo alguns métodos como abordagem pelo flanco são utilizados em determinados casos. A busca por incisões menores, devido menor lesão tecidual e menor dor, tem instituído a miniceliotomia, com auxílio do gancho de Snook para apreensão do corno uterino. Diversas técnicas videolaparoscópicas são descritas na literatura, sendo as primeiras utilizando quatro portais e as mais recentes indicando utilização de único portal com canal de trabalho. Existem diversos modos de conseguir hemostasia, tais como eletrocoagulação bipolar, monopolar, grampos e clipes de titânio e ligadura extracorpórea, pré-montada (endoloop) ou confeccionada no interior da cavidade com fio cirúrgico. Recentemente vem-se estudando técnicas de cirurgia endoscópica transluminal por orifícios naturais (NOTES). Para castração, pode se realizar por meio de único portal, entrada vaginal, o que elimina cicatrizes externas. A discussão acerca da melhor forma de esterilização de cadelas e gatas quanto a retirada ou não do útero ainda é grande, havendo discordância principalmente em relação a futuras complicações uterinas que poderiam vir a ocorrer se houvesse permanência do mesmo. Pois observa-se que o tempo cirúrgico e o tamanho da incisão para ovariectomia e ovariohisterectomia são semelhantes. De tal forma que tanto ovariectomia, quando ovariohisterectomia são realizadas com frequência na rotina clínica de pequenos animais, sendo as duas técnicas efetivas para castração eletiva, havendo liberdade do cirurgião em escolher a que ele melhor consegue desenvolver.
Publicado
2016-03-31
Edição
Seção
Revisão Cirurgia de Pequenos Animais
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